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Poesias-->ERAM LÁGRIMAS DE FELICIDADE -- 23/02/2010 - 13:22 (Djalma Portela) |
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Hoje me entrego a ti,
Se não estou morto!
Em vida plena!Também não estou,
Sou o que restou de mim.
O que ainda, em mim sobrevive,
Como vêem!Não há mais fartura!
Esse corpo franzino, que outrora,
Caudal, torrente, por vezes, também mostrei fúria,
Já tive dias de honras,
Boa fama, bravuras.
Chamado de divino,
Grande força, e na tipologia d’um menino
Fui veia, transportei, com prazer,
O sangue da terra, até você.
Nutri teu solo, fiz brotar vidas, vidas produzir,
Minhas!Foram às densas margens,
Banhei cidades, banhei mares.
Assim segui.
Decrépito, minhas dores são serias,
Lembro-me que embalei amores,
Inspirei tuas canções,
Toda aquela água que passou por debaixo daquela ponte!
Mesmo vista ao longe!
Eram lágrimas de felicidades que já não existem,
Ali fiz brotar em meu álveo leito,
E em meus remansos,
Deitastes juras e paixões,
Assim tudo ao entorno, era feito,
No ritimo que eu mesmo ditava,
Palavra de ordem, respeito.
Agora, leito tem outro sentido mais profundo,
E nele!Estou estendido,
E por extensão da palavra,
Deito-me quase moribundo.
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