LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->À FRANCESA -- 08/04/2010 - 07:28 (Nicole Rodrigues) |
|
|
| |
À FRANCESA
A fuga à francesa de um duelo tem seu preço
e a minha punição será marchar.
Marcha soldado! Um, dois, três mil.
Marcha até sangrar.
Desviei da linha de combate
e preguei peças à loucura
para não te enfrentar.
Juro, não quis sangrar teu coração,
só quis marchar.
Soldados não partem,
só retomam o caminho.
De hoje em diante
de tudo farei um pouco,
menos atear fogo em meus sonhos.
E irônico é saber que tantos teus também são meus…
Primeiro frágil, depois invisível.
Fui cristal até os dezessete, depois embruteci.
Fui cadáver antes mesmo de morrer.
Agora meu corpo doente se rende ao mundo
e meu coração respira fundo quando pensa em ti.
Se ao menos tu soubesses o quanto te amo
e quantas batalhas venci…
Mas tu não sabes, não é?
E eu nunca te contei…
Tú não és o inimigo,
és a bandeira, és o mastro, és meu forte.
Não sou do povo,
não sou da lei,
não sou de Deus,
mas sou tua.
Não enxergo como tu,
não sou o que tu és,
não sou como queres
mas sou o que sou
e sei que posso me salvar…
Existe vida em outro planeta
e sei que posso viver lá.
Sei também
que em frente ao pelotão não posso chorar.
E se choro, não é por teu perdão,
mas sim por tua estima.
Soldado que é soldado
sabe que tem que marchar.
Soldado que é soldado
segue em frente mesmo sozinho.
Mas se um dia tu disseres que me ama,
verei hortências em meu caminho.
|
|