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Poesias-->BOLERO -- 25/04/2010 - 11:28 (MARIA HILDA DE J. ALÃO) |
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BOLERO
Maria Hilda de J. Alão
A melodia alça aos poucos
De mágicos instrumentos
A angústia esdrúxula parte
E vem a paz por momentos
Ao som dos metais e do tarol.
Sinto-me com um funâmbulo
Equilibrando corpo e alma
Num fio sonâmbulo.
E a música cresce, cresce...
A genialidade é seu estofo,
A magia, a pureza e a beleza
Remetem à grandeza
Da alma compositora.
E me vem a delicadeza, a leveza...
A alma em reverência, silenciosa,
Sente os acordes da melodia
Como benção, como prece amorosa.
O quarto deixa de ser monocromático,
A tristeza não é mais açoite
Nem o coração sino gótico
Badalando à meia-noite.
Gênio, gênio esse Ravel...
Uniu-se a minha essência,
Fez de minha pele partitura de papel
Rabiscando colcheias e semicolcheias
E como se soubesse o que eu quero:
Impregnou-me com seu mavioso bolero.
25/04/10
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