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Poesias-->SO/NETO DA CASA - E CARTA a Francisco Carvalho -- 18/05/2010 - 08:31 (Francisco Miguel de Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
SO/NETO DA CASA



ao poeta Francisco Carvalho



A casa é fresta e luz em cada vão,

É porta aberta para o bom caminho,

Ouve as vozes da rua em desalinho,

Não se desfaz na dor da solidão.



Altar, a casa é um rosto purpurino,

De festa, de alegria e de ventura,

É santa e mãe que espera e se amargura

Ante o grito de dor do seu menino.



De madrugada, a casa é voz de sino,

Adivinhando o dia e seu destino,

E a noite quando volta a solidão.



Amor, a casa acolhe, mas liberta

Logo que chega o tempo, a hora certa,

E só saudade guarda em cada mão.



Francisco Miguel de Moura

The, 13/05/2010









Teresina, 13 de maio de 2010



Caro Poeta

Francisco Carvalho,

Ainda ao impacto da leitura de seus sonetos de “O sonho é nossa chama” – criação de um gênio da poesia, um dos maiores poetas brasileiros dos últimos tempos, senão o maior - pequei este soneto que você leu acima e a quem humildemente ofereço.

Desculpe-me, é que fiquei realmente abismado com a massa de sonetos impecáveis, a maioria cheios de sentimento, sem falar na carga de imagens, metáforas, metonímias, filosofia, lírios e rosas do céu da poesia, que é o meu o seu sonho. Sonho que quase nunca alcançamos. Ou alcançaremos? Poderia referir, se não fosse deselegante, os melhores dentre os melhores dos seus sonetos aqui: a medo, aponto os que me impressionaram também pela carga emocional: os dois de nome MORTE DE MEU PAI e toda a série ELEGIA DA CASA VELHA.

E ainda aproveito a oportunidade para acrescentar que, não obstante a mal-humorada afirmação de Pound, o soneto é uma espécie tão bela e tão forte que, naturalmente causa inveja aos que não conseguem realizar um. E o soneto continuará forte e belo como desde que nasceu, no começo do milênio passado. Não sei quem disse que a leitura de sonetos dá sono. Se foi Erza Pound, melhor. Pois lembro que seus “Cantos” me deram mais sono do que a leitura de bons sonetos. Quando são ruins, é claro, dão sono mesmo. Ao que me parece, Pound tentou fazer sonetos e não conseguiu, daí o seu desprezo pela jóia.

Cá entre nós, dizem que a pedra de toque do poeta é o soneto. Quem não consegue não é poeta. E se nunca consegue, diz que lhe falta vontade, tempo, ou qualquer outra desculpa, até a de que “as uvas estão verdes”.

Mas, não adianta perder tempo com quem não entende bem o que é poesia. Pois se sabe também que um poema de medida livre, mesmo que malfeito, ainda tem jeito – o soneto, não. “A emenda é pior do que o dito cujo.”

Mas fiquemos com a chama do nosso sonho, com soneto e tudo, e receba um grande e afetuoso abraço, atestando minha admiração.

Muito obrigado, por tudo.

Francisco Miguel de Moura

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