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Poesias-->A Mesma Esquina da Sua Nova Escura Esquina -- 01/06/2010 - 11:24 (JANE DE PAULA CARVALHO SANTOS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Por mais que passe o tempo

e eu ande em outras vias que acessam outras histórias

por mais que eu queira e invista

e me machuque por outros campos

e eu vista outra capa

empunhe outra máscara

envergue outra espada

declame outros versos

defenda outra tese

mude o trajeto

cerre janelas

escute outros grilos

engula sapos

mova a roda

trave o breque

trague o beque

mude a régua

assole a égua

meta o pé na jaca e bata a canela na quina

mastigue o cravo

aspire a nicotina

deseje morfina

mude a dieta

escolha a reta

encurve de banguela

engarrafe a viela

irrite os passantes

maltrate o atendente

socorra o pedestre

encare o farol

encarete de vez

encane e desencane

suba a trilha

ensurdeça no agudo da corda

no grave dos tons

caixas e bumbos

emudeça em minhas próprias cordas

soluce sobre o colchonete ouvindo os sinos

e ouvindo os sinos transborde os olhos

me encharque

me seque

me encolha

me recolha e me expanda

me torture

me boicote

me anule

escarre a alma e a recolha pelos poros

quebre os espelhos

durma acordada

entreveja novos rumos

acorde dormindo

me engabele com um ou dois doces

e uma estrelinha marrom

ande de luz alta e de olhos fechados

querendo a morte, qualquer que seja a sorte

e minha sina torta se endireite

pra se entorpecer de novo na mesma esquina

a mesma esquina

sempre a mesma esquina...



Por mais que o céu se faça rosa

e a lua surja densa e amarela na vastidão dos sinos,

não esqueço seu abraço

e nele me deito

me enlaço

me incrusto.



E me perpetuo, bebo sua fonte

ternura que só eu reconheço

no escuro da sua nova esquina.



Sou sua.



Pra sempre.

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