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Poesias-->Talvez -- 09/06/2010 - 10:57 (Lita Moniz) |
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Talvez
Talvez ainda
Porque há vida, e o que contém não finda,
Possamos dizer quem somos e o que viemos
aqui fazer.
Bosques serrados, quantos mistérios ali enterrados.
Sombras de árvores milenares, quantas cantigas de
amigo, quantos ais, quantos cantares guardais.
Não contais o tempo, mesmo porque quanto mais
velhas, mais copadas, mais verdes, mais floridas
ficais. Precisamos aprender a ser iguais.
Dar à idade outro significado.
Longe do fado traçado, tecer uma nova identidade.
Algo que se renova, na temporalidade.
Juntar os “ Eus” da infância, da mocidade, da vida
adulta, culta, e ver ali o que é realmente a terceira
idade,
É sair desta dimensão ainda com os pés no chão.
É ser capaz de ser paz, amor, aceitação.
É quando o lá fora já pouco importa.
A não ser quando filhos e netos nos batem à porta.
É então que nos transformamos naquela árvore
copada a dar abrigo, a ser ombro amigo.
Enfeitar a sala de jantar.
Colocar a mesa todas as iguarias, as alegrias.
Deixá-los ali a descansar à sombra da árvore
Que se faz mais linda para os abrigar.
Lita Moniz
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