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Poesias-->Madrugada -- 05/07/2010 - 19:36 (WALTER MEDEIROS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
MADRUGADA



--- Walter Medeiros



Na madrugada boêmia da Ribeira,

Corpos sedentos vagam e se consomem;

Nunca saciam a sede nem a fome,

É curto o tempo de uma noite inteira.



Na vitrola a ficha anima as putas,

Que dançam e bebem e amam e choram,

Algumas, pelo amor, até imploram,

Outras enfrentam mesmo a força bruta.



Nunca escreverão completa a história

De belas noites chuvosas, embriagadas,

De festas bregas, de tombos nas calçadas,

Gritos e brigas por coisas irrisórias.



Olhos cansados das noites perdidas

Mãos perfumadas pelo álcool feroz,

Palavras de amor do cantor sem voz,

Abraços e beijos, sempre despedidas.



Os corpos vendidos sem qualquer prazer

Transpiram o horror da sociedade

Oh! Deus, como apelar pela caridade,

E perdão dos pecados para cada ser...



Desperto tão sóbrio que me surpreendo,

Agora a Ribeira não existe mais,

As putas mudaram para outro cais,

O caso agora é ainda mais horrendo.
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