Usina de Letras
Usina de Letras
83 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 62808 )
Cartas ( 21343)
Contos (13288)
Cordel (10347)
Crônicas (22568)
Discursos (3245)
Ensaios - (10539)
Erótico (13585)
Frases (51192)
Humor (20118)
Infantil (5544)
Infanto Juvenil (4873)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1379)
Poesias (141094)
Redação (3341)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2439)
Textos Jurídicos (1965)
Textos Religiosos/Sermões (6300)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Lisura -- 14/07/2010 - 22:42 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Lisura



Minhas listras de zebra

de repente ficaram visíveis e anulei a gana de fama

como homem que não se engana

com gosto

de fel.



Aparadas as unhas

dedos contra a parede

lisa

cortante

sem qualquer sangue

apenas:

ser.



Dói mais do que a dor

a dor

de não ter o galho

pra se prender:

a dor da lisura

sem ponta ou agulha

sem corte bravo

sem fome ardente.



A indiferente

parede lisa

que a mão avisa

sem percorrer:

lúcida e cruel.



Para cortar um doce banal

dolorido

até a alma

a rude estética destas listras

zebra grotesca

que levo em mim.

Ela me expõe

e então

me resgata.

Põe fogo na fama

qualquer que seja: pobre ou oculta.



Ou mesmo insana.

Desmonta o lado da moça amena.



Come da grama.



Me empresta a gana.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Perfil do AutorSeguidores: 3Exibido 358 vezesFale com o autor