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Poesias-->Fuga -- 10/08/2010 - 00:35 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) |
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FUGA
Parece que as balas penetram
e são barulhos de gente.
Gritar,
correr desistir
não resolve.
Então, me absolve
a tirana sensação
de fuga.
Deixo o cérebro
pendurado
ligado em cabeça ao pescoço.
E vôo.
Olhos em abismo soltos
para que o falante
encontre-os.
E dissimulo como peixe.
E sei que estou por aí.
Então quem fala nem vê
que fui nessa fuga absorta
buscar um planeta
ou porta
para refúgio
sem bocas.
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