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Poesias-->SOLIDÃO -- 31/08/2010 - 08:48 (Alexandre José de Barros Leal Saraiva) |
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Ah! Solidão danada
rouba do meu rosto
os últimos traços tímidos do nome
que me deram, menos por certeza, do que por conveniência.
Ah! Solidão de dia e meio
sem motivo aparente
furta a consanguinidade
de tantos medos primos pela metade carnal da ascendência.
Ah! Solidão de parentesco incerto
tal qual a cesta depois do ágape
remanesce um certo gosto de exagero
na boca amarga de tudo que já foi digerido!
Ah! Solidão de merda
Ao menos se ela, a merda, fosse a melhor desculpa
eu sairia pela porta da frente
e pegaria um táxi... |
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