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Poesias-->Silêncio -- 17/10/2010 - 02:01 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) |
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Silêncio
Ando à noite nesta rua
aveludada
e quero o nada.
Tão somente algum silêncio pendurado
enrolado entre esses fios
nas colunas:
ele acena e toma pílulas de lua
ensaiando dar um medo
que arrepia.
Não está claro se as pessoas
dormem todas
ou se algumas como em crime
se aproximam.
A magia esbarra tonta contra as grades
dessas casas que os vigias
tanto cuidam.
E depois
como mulher que fica só
e que hipnotiza
dança tango em meio à rua
sem pudores:
a magia é irmã da noite
e da poesia
e ao silêncio inteiro engole
e escraviza |
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