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Poesias-->Lábios de infinito. -- 12/12/2010 - 22:00 (Gerson Ferreira da Silva Filho) |
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Não importa amor, abraços podem ser,
Um sinal de chegada ou um gesto de partida,
E se nele couber uma dor, ou momentos de alegria,
Só o vento incerto do destino nos dirá.
Não fui eu que escrevi o corpo desta peça.
Se começar, não sei bem como termina,
Apenas peço que sendo assim então haja coração.
Sejamos tudo e o tanto que faltar para o total.
Não faz mal se meu e teu enredo não combina,
Há coisas que dão certo ou errado por pura cisma,
Um contexto que favoreceu a fome da opinião.
Agora amor vê se me consome, sou tua vítima.
Enquanto meu interesse ainda lhe favoreça,
Porque sou cafajeste, mas este é o melhor detalhe.
Aquilo que te instiga mesmo que te maltrate,
Pois no intimo teu lado meigo gosta desta dor.
Vai acabar um dia e isso você sabe.
Mas o perfume e a sensação irão além do detalhe,
Trará ternura como a tez da recordação.
Beije-me agora então com estes lábios de infinito.
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