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Poesias-->Doce amor -- 05/01/2011 - 20:38 (valentina fraga) |
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O amor veio assim,
na forma de vento leve,
penetrando as narinas
com cheiro doce do bolo quente,
saído das janelas das casas da minha infância.
O perfume da erva doce e do milho,
enlouquecendo as papilas e fazendo salivar.
Foi assim que ele chegou,
doce como pirulito em festa de criança,
a lambuzar os beiços dos pequenos
e melar-lhe as roupas,
sob protesto das mães preocupadas
com a tarefa de lavar.
Veio doce como algodão,
não aquele da planta,
mas aquele do parque,
que alucina com seu colorido de anilina,
e encanta os olhos dos pequenos,
que formam um aglomerado
pra ver sair da maquineta em rodopio,
agarrado ao palito, parecendo uma nuvem multicor.
Veio tão doce quanto o café açucarado da vó Alberta,
que com sorriso faceiro servia bem quente,
atendendo o apelo do vô Juca,
que gostava de agradar os presentes.
Veio doce, como doce é o olhar de quem ama.
Como doce e melosa é a voz que recita o verso,
que chama de amor a quem ouve atento,
o tanto de carinho que lhe cabe,
saindo da boca com desejo de cobrir de açúcar
e encher de doçura
o corpo que tão doce se dissolve em calor,
na infantilidade na doçura do amor.
Valentina Fraga |
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