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Poesias-->Vidro e espelho -- 09/01/2011 - 18:05 (MAURO DELLAL) |
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Há pessoas que são bonitas.
Bonitas palavras feitas de areia, sol e vento.
Vidro! Não espelhos.
Os espelhos, ainda que quebradiços, funcionam ao inverso.
Vemo-nos em contradição.
O que é esquerdo é direito.
O que é direito não é dever.
O vidro apenas nos envolve e nos conserva,
De uma dona perversa, serva imagem.
E se o vidro é de areia ruim, sol fraco e vento de brisa,
Quebra-se fácil,
Deixa-nos riachos de sangue,
Pele em vales,
Corpo deserto.
Onde antes havia alguém
Por quem as palavras de outro erguia,
Hoje há morros de letras amontoadas.
Ilégíveis, sem uso, sem nada, sem valia.
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