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Poesias-->Miradouro -- 24/01/2011 - 11:06 (Lita Moniz) |
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Miradouro
Vejo-te de longe restaurada.
Por enquanto és torre sonhada.
Mas pode bem vir a ser de novo a
minha morada.
Está lá à espera de mim.
Precisa de vida e cor.
Precisa do meu amor.
Volta por favor!...
A paisagem que se avista
mostra o mundo inteiro.
Ali está tudo que há.
Em miniatura.
O mundo é o que cada estação mostra.
Serras, montes, mil fontes.
Rios a passar, e se não há mar, há um
lago manso para o imitar.
O céu é azul de pasmar.
Cachoeiras das serras a despencar.
Ali o verde é mais verde.
Destila clorofila por todo o lugar.
Figos, cerejas, amoras, uvas, ameixas.
Frutas de cores fortes para contrastar
com o verde- musgo, que não é miragem
É a cor da paisagem.
O povo, para não destoar,
veste a cor da natureza.
Enche-se de força e vigor,
Que jorram da forte cor.
Se voltar, quem vai chegar,
não é a submissão, é a força do vulcão.
Não é a mulher do fogão, da frigideira
da prisão.
Há muito ficou para trás o pó da servidão.
Sou poeta, com palavras vou tecendo o
meu agora.
Concreta, real, tal qual.
Sem máscaras, sem carnaval.
Não sou boa de mistura.
Não batalho na linha de frente.
Sou diferente.
Só por teimosia, bem que queria
Refazer a torre e o miradouro.
Para ver o mundo passar a cada
estação que chegar.
Lita Moniz
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