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Poesias-->DESESPERO MUDO -- 23/03/2011 - 19:09 (Francisco Miguel de Moura)
DESESPERO MUDO Francisco Miguel de Moura* Não crer em si, advindo do espelho, ou na sombra marcada ao sol-setembro, pés pisando o tapete e a primavera... O caminho perdido, homem sem curva. O espelho não diz nada – eis o macaco que para ti deixou a graça triste. O celular não fala. “Deixe sua mensagem”, Diz a máquina selvagem, seca e fria.. Homem sem fala, um bicho sem jeito, sem voz , sem expressão de ser. Miar, latir, brincar com cães e gatos... Não! O corpo tem pele e tem apelo. A língua, o ventre e a cabeça, garras que esbugalham os olhos sem prazer. Como gozar teu dia, antes da gesta, Antes da noite que já vem-não-vem?. Vais choras lágrimas de penetra? Amar as coisas todas e, além delas, Teu deus, teu santo – símbolos de graça, com o aceso espírito, enquanto, se não fores um, lês os poetas. Ou o tempo passará, perde-se o grito, e ninguém te ouvirá.profeta. __________________ *Francisco Miguel de Moura, poeta do Brasil, mora em Teresina – PI. Membro da Academia Piauiense de Letras e da IWA – International Writers and Artists Association, com sede em Toledo, OH, Estados Unidos.