LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->Defeito comum -- 05/04/2011 - 22:23 (valentina fraga) |
|
|
| |
Defeito comum
Ao querido mais que amigo, Ricardo
Tenho como tantos e quase todos, um defeito, que julgo, por mais que me atinja, muito ruim.
O defeito de procurar alento para as dores de qualquer motivo, nos amigos que me amam.
Hoje, senti profundamente essa experiência. Foi mais ou menos assim:
Acordei mal, muito mal. Com uma vontade absurda de chorar, e antes que pudesse
abrir o fecho da bolsa e sair as compras tentando compensar a tristeza, coisas que basicamente nós mulheres logo
associamos, deixei o carro no estacionamento, e antes mesmo de ir trabalhar fui ao encontro
de um desses amigos, ou admirados por assim dizer.
Perdi a pressa de chegar, pois a dor era tanta que precisava de remédio.
Geralmente quando nos encontramos é farra total.
Muito beijo, muito abraço, muito carinho, mas hoje foi diferente.
Não sei de que forma minha tristeza o atingiu porque diferentemente das outras vezes,
veio ao meu encontro, e nos abraçamos. Nos longos dez minutos em que estivemos ali, parados no meio de sua sala,
abraçados num só abraço, suas mãos passeavam delicadamente em meus cabelos, passavam pelas minhas costas, numa massagem renovadora.
Beijava minha cabeça como uma benção vinda do alto, e tirava todo o stress que se acumulou nos últimos dias.
Acho que a vida é feita desses detalhes. Por vezes com uma palavra apenas, puxam nosso tapete,
nos empurram abismo abaixo, mas sempre restara a mão de um amigo que nos ama sinceramente,
pronto a acariciar nossos cabelos, beijar nossa cabeça e nos fazer muito carinho,
tirando de nós a dor depositada. Cabe portanto a lição de que, não importa por quem, não devemos lançar mão das pessoas que nos amam,
e, de preferência retribuir em igual proporção esse amor.
Valentina Fraga
|
|