NATINHA, MINHA MÃE. (HOMENAGEM PÓSTUMA)
MARLUCI RIBEIRO
Não foi só um carrinho desgovernado,
Foram vidas tiradas do trilho...
Sentimentos fraturados,
Dias infindos, sem brilho.
A esperança de retorno materno?
Foi-se... Debalde...
Ela ora nos vigia, em seu sono eterno,
Ao largo, no arrebalde.
Onde está, mãe querida,
Em seu silêncio forçado?
Cura, pois, essa ferida
De não a ter mais ao meu lado!
Descansa, então, onde esteja
(Livre de dor e percalço).
Prossigo eu, na peleja,
Sem contar com seu abraço.
Deus não quis que chegasse
A comemorar seus oitenta.
Permita-me então que passe
Essa saudade que atormenta!
Mas os dias passarão
E, com eles, talvez, as chagas.
Restando, assim, a emoção
De um dia revê-la, em outras plagas.
Vai, mãe amada,
Amar de longe e mais ainda!
Serei sempre sua filha mimada
Que a queria sempre por perto,
De braços abertos,
Sorridente e tão linda!
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P.S.: Homenagem póstuma à minha mãe, Natividade Ribeiro de Oliveira, que desencarnou no dia 7/11/2011,
vítima de um acidente no Araguaia Shopping, em Goiânia.
Nota- É com pesar que publico o poema da poetisa Marluci Ribeiro, em homenagem à sua querida Mãe. Que Deus a conforte e aos familiares.
A vida é tão curta e os acidentes muitas vezes por negligência de tantos, tiram um bem precioso, a vida e deixam tantos órfãos. Deus os conforte. Ana Zélia
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