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Poesias-->Santa Tereza e Eu -- 23/04/2001 - 03:02 (Georgina Albuquerque) |
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O Cristo lhe tem bem perto,
preferência no abraço.
Santa Tereza e seus bondes,
amarelos, belos, elos
ali deixados,
-estarão mesmo pra trás?
Ruas sinuosas,
portões antigos, pesados.
Mangas maduras caindo
nas pedras do asfalto
e seduzindo, indo, vindo
o sabor da fruta em mim
O vento batia as portas
no final da tarde.
Sempre anunciava a noite,
horas antes da chegada.
O entardecer cor-de-rosa,
cheiro de jasmim
na vida que adentrava
pelas cantigas de roda
"dizei senhora viúva,
com quem quereis se casar..."
-lúdica melodia!
Será que foi ali
que me agreguei
ao ar estóico,
mantido a duras penas,
fingindo caminhar
acima dos problemas?
A cidade bem abaixo,
emudecida na distância
da janela, emoldurando,
muito branca, a bela tela.
Estou ali, minha Santa,
e ainda me sinto
em suas ruas, nuas,
íngremes e nostálgicas.
Habitam-me os antigos moradores,
a igreja matriz,
as festas ruidosas que fiz
- eu tão feliz!
Os sons deixaram eco,
eu própria sou um eco...
eco... eco seu.
mgalbuquerque@ig.com.br
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