LEGENDAS |
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Poesias-->NO MEIO DO CAMINHO DA MEDUSA -- 30/01/2012 - 08:06 (PAULO FONTENELLE DE ARAUJO) |
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No meio do caminho do menino
tinha uma Medusa.
Tinha uma medusa no meio do caminho.
O menino olhou para o seu rosto
e os cabelos da monstra
eram víboras que vibravam línguas bifurcadas.
O menino quis saber o porquê das serpentes.
A Medusa respondeu:
“Quando elas abrem a boca, parecem orquídeas.
Não sei viver sem flores”.
O menino abriu a boca.
Os olhos das najas brilharam.
E no meio do caminho da Medusa,
surgiu outra orquídea.
* Carlos Drummond de Andrade surge para várias possibilidades
DO LIVRO: A CRIANÇA, SUBSTANTIVO SOBRECOMUM
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