Usina de Letras
Usina de Letras
104 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63751 )
Cartas ( 21378)
Contos (13320)
Cordel (10372)
Crônicas (22598)
Discursos (3256)
Ensaios - (10845)
Erótico (13606)
Frases (52244)
Humor (20234)
Infantil (5689)
Infanto Juvenil (5050)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1389)
Poesias (141189)
Redação (3388)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2446)
Textos Jurídicos (1981)
Textos Religiosos/Sermões (6433)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Resposta a Vinicius - O não haver... -- 29/02/2012 - 22:44 (Alexandre José de Barros Leal Saraiva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Resposta a Vinicius – O Não Haver





Sobra-me, sobre tudo que há,

o vazio criado por minha própria

imobilidade. Econômico: Eu sou,

diante de mim e de meus tantos infinitos.



Sobra-me o desnecessário tempo

sem poesias, sem catedrais, sem alegrias súbitas,

malgrado diante da beleza mal entendida,

que torna toda poesia inútil infantilidade.



Sobra-me a distração do nada,

a vagueza do contemporâneo inerte,

enquanto outros caminham e sorriem,

precientes e pacientes dessa indecifrável navalha!



Sobra-me o escuro dos lugares

e o pobre orgulho:

tesoureiro do estático reino, à beira que está

do fim colérico por ter grandes covardias.



Sobra-me a dificuldade contemporânea de sonhar

com a ternura perfeita de pequenos amores,

pois, em lágrimas silenciosas,

revelou-se a mim, terrível e irredutível desistência da vida.



Sobra-me a culpa apressada e confessa por ter nascido

com mãos desejosas do toque,

embora o medo de ferir-te assim,

retribuir-me com irredutível troco.



Sobra-me lembrança de infância.

E o desejo ridículo da coragem – ou heroísmo desnecessário?!

Distrações vagas de quem nada sabe

e amanhã, ou hoje ainda, resta-me pedir perdão por tudo.



Sobram-me esquinas indecifráveis do labirinto,

Cicatrizes medrosas das várias quedas.

Mas ainda espero a luz indecifrável

A que os poetas chamam de esperança....

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui