Chega a noite e uma voz penetra-me profundamente no ouvido
E então eu me lembro em algum momento vivido
Do rosto que, em carícias abundantes, produzia essa voz,
A qual criava uma cortina sobre nós e nos deixava as sós.
Sem que eu queria, o som dessa voz delirante
Faz-me voltar ao passado; o coração sangra, quer aqueles instantes,
O quais nas tardes frias de domingo, à beira mar,
Tornava quente e aconchegante o mais gélido lugar
Inútil dizer que tudo findou e ficou perdido no passado
O coração é um ser que quer de volta o que lhe foi negado
Quando no momento da mais pura e intensa felicidade
O destino sorrateiramente veio e lhe mostrou a dor da saudade.
As noites chegam e eu me vejo novamente atormentado
Por essa dor que sangra feito um ferimento mal curado,
Cujo sangue, num fluxo constante, leva-me também a vida
A qual, a cada dia, gota a gota, deixa a morte bem nutrida.
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