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Poesias-->PARÁBOLAS -- 01/06/2012 - 15:30 (Amy Higgins) |
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“PARÁBOLAS”
Por: Amy Higgins
Anjo, adianta alguma coisa eu orar?
Adianta eu pedir e suplicar?
Ao menos tu me ouves a rogar?
Anjo, é verdade que o amor é pura luz?
É certo que ele a todo bem conduz?
Por que se perdem em mim suas sementes, ó Jesus?
Existe uma maneira de acalentar a quem
Já decidiu não nos amar,
Que não seja a compaixão de perdoar?
É lícito o livre arbítrio a todos os viventes,
Mesmo que isso nos deixe descontentes.
Pois, gostaríamos de não ter o amor
Distante e sim o abraçar.
Anjo, como posso fazer retroceder o anti-amor,
Se no meu coração fustiga a dor
De não poder enamorar quem me encantou?
Anjo, é certo desejar o que deve
Pertencer a outro alguém?
É pecado cobiçar a quem não se tem,
E que, no entanto, queremos tanto bem?
Anjo, como posso ver tudo de maneira diferente?
Por Cristo, ilumina a minha mente!
Sê meu Iluminador, meu confidente.
Anjo, como faço para ser compreendida?
Como ter a minha verdade acolhida
Pelo outro que tem a sua própria vida?
Anjo, como digo a esse outro o que sinto?
Com gestos e atitudes eu só minto...
Gostaria de ser clara como a Lua
Que de dia junto ao sol diz:
“Eu sou tua!”
Como um milagre a provar que há esperança
Para quem ama com a alma de criança.
Anjo, distante dos olhos só há saudade.
Imploro-te, faz-me uma caridade:
Traz para minha mente a imagem
Daquele que é como a chuva na estiagem.
Eu que sou a filha da bondade,
Que Deus presenteou com a Eternidade.
Peço-te, Anjo Luz, força e coragem.
Queria que minhas palavras o tocassem,
Que fossem como as parábolas do Cristo e que falassem
Da semente do amor que sempre cresce.
E “Ele” mesmo confirmasse: “Tu o disseste.”
Senhor! Eu sei que não entrarei no Teu Reino.
Mas, funda minha casa sobre a rocha
Para que eu siga todos os preceitos
E viva só para Ti,
Mesmo sem ter meus pedidos aceitos.
Anjo, honra e glória Àquele que é o Homem Luz!
Que venceu o mundo pregado numa cruz.
Perdão, Senhor, pela paixão que me seduz.
Às vezes eu vejo no próximo uma figura obscura,
Mas, profundamente,
ele é só brancura.
Perfectível como eu e toda criatura.
Sim, os mundos de eterna pluralidade
Ampliam o horizonte da saudade,
Como se dele eu já previsse a familiaridade.
Como faço para ter cumplicidade
A este meu poema que escrevo em prece?
Como fazer lembrar de mim aquele
Que me esquece?
Como tornar real a ilusão que me entorpece?
Já escrevi demais e parece que ainda há tanto...
Anjo, eu me desvelo deste manto.
Faz-me ser bem quista em harmônico acalanto.
Justiça... Só existe aquela que é de Deus.
Que traça desafios aos filhos Seus,
Que passam em segurança entre leões e víboras,
E que permanecem de pé enquanto
Tantos caem à míngua.
Anjo, ouve estas palavras que te digo:
“Seja meu defensor, meu dulce amigo!
Ajude-me a aliciá-lo a vir trabalhar
Na vinha comigo em todas as horas.
Sou trabalhadora, só o trabalho me falta.
Anjo, que ele seja um preclaro companheiro.
E assim, que os últimos sejam os primeiros.
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