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Poesias-->O general e o tambor -- 27/04/2001 - 14:59 (Georgina Albuquerque) |
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Cruzando a estrada da mente,
duelos e bélica frente,
alternando nas sementes
membros mutilados
e alívio pra dor.
Guerra com simples soldados,
estóicos e modelados,
eles, torpes resultados
de um mundo que os criou.
São ferozes, eloqüentes,
travados, a gente sente,
mantendo o que lhes fabricam
por medo ou até por terror.
Figuras fragilizadas
desejam voltar para casa,
vislumbres de realidade
do poder que se formou.
O general, protegido,
prestígio e conforto retido,
desfila com suas estrelas,
por longínquo corredor.
Ele é quem menos se arrisca,
sofrível estrategista,
e se ausenta do perigo,
pai, marido ou professor.
Por vezes, o admirado,
tendo um ouvido apurado,
ouve um gemido abafado
de revolta ou livre ardor.
Revolução reprimida,
guerra incessante mantida,
pensa existir só na Terra,
ele e o seu próprio esplendor.
É quando a estrada se fecha,
entra no peito a agonia,
e surdo à sabedoria,
não mais escuta o clamor.
Subestima a exigência,
que brota por toda a parte,
querendo extrair mais arte,
das batidas do tambor.
mgalbuquerque@ig.com.br
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