O Mistério
O mistério que havia deixou de ser.
Não há mistério, nem ministério a chamar por ele.
Era um lampejo de luz, algo a dizer:
Acredita, podes crer.
Até aqui era mistério.
O ministério lia as escrituras, passava adiante o
Que elas sabiam.
Luzes da memória, estórias.
Brisa que jorra da recordação.
Uma brasa quase apagada.
Um quase nada.
Já nem era mistério por desvendar.
Era comércio em torno dele a se alastrar.
Desatou a fugir.
Cansou de ver gente a fingir.
O ato virou teatro.
O mundo acordou. Cansou!
Bateu em retirada.
E foi no retiro, na introspecção
Que aconteceu.
O mistério mostrou a sua face.
É paz, harmonia.
Prenúncio de um novo dia.
Lita Moniz
|