Eu conjuro tuas frestas
Ó deus caldeu, primevo
No minério das fontes
e das festas de Outubro;
Eu conheço teus cantos
Ó Deusa sagrada
Ramos de ouro na fronte
Teu olhar lascivo e rubro
Estação das flores
que antecedem todo fruto
No Parnaso de outrora
Primavera, resguardo dos campos
Tinge a terra de cores
Linda ninfa hipoméia
Saúdo teus seios secretos
Profana meus sonhos!
Corre nos tantos veios
Teu diamantino sangue;
Primavera, destila tuas pétalas
Exala teus ais rumorosos
Enche teus rios de vinho
Põe mel nos lábios que cubro
Volta, sereia de encantos
Ilumina as ruas exangues
Põe o riso nos pássaros
Vem!
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