normal">SENTIMENTO PRESO
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normal">Francisco Miguel de Moura
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normal">Um sentir puro e preso - tortura
normal">Marcada nos primeiros dias
normal">De alguém que apenas nascia
normal">Entre trancos e barrancos, o futuro
normal">De olhos fixos nos braços,
normal">Pedindo calor de peito e mãos,
normal">Desgarrado dos primeiros tatos
normal">Olhos feridos no segundo teto,
normal">Em novas mãos e outros braços...
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normal">Calar pra sempre, quem condenaria?
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normal">Mas se um ferrão plantou-se noite e dia,
normal">No fundo de dois corações?
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normal">E o que dizer, então? Num poema
normal">Que ninguém vai ler nem ver?
normal">Numa palavra só, balbuciada
normal">Em vão, que ninguém quer saber?
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normal">Há culpa sem perdão? Não há.
normal">Mas dúvida e covardia, sim.
normal">E a indecisão imprecisa, fria
normal">Da paixão a rolar e morder-se,
normal">A-mor-da(n)çando sem guia?
normal">
normal">Um sentir puro e preso tortura
normal">Dois entes: o ser e a criatura.
mso-bidi-font-weight:bold">Tradução de Teresinka Pereira)
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A pure and feel stuck - torturemso-ansi-language:EN-US">
Marked in the first days
From someone who just born
Among leaps and bounds, the future
With eyes fixed on the arms,
Asking heat chest and hands,
Tacts of the first stray
Eyes wounded in the second ceiling
In other new hands and arms ...
Calar forever, who condemn?
But if a stinger planted himself night and day,
In the background of two hearts?
And what then? In a poem
Nobody will read or see?
In a word, stammered
In vain, nobody wants to know?
There& 39;s guilt without forgiveness? There is.
But doubt and cowardice, yes.
And indecision inaccurate, cold
From passion to roll up and bite,
The chief-of (n) without forcing guide?
A pure feel trapped and torture
Two loved: being and creature.
EN-US">
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