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Poesias-->Ambígua arte -- 30/09/2012 - 00:45 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ambígua arte



Não amo não, a poesia

mas ela jorra das coisas

como cortante gengibre

em céu da boca



O que fazer?

Esta louca é varrida

dorme de dia

de noite doa sua vida

entre os boêmios que sofrem

sem guarida



Eu, de minha parte

sei ser apenas a outra:

ela é de todos e fere

quem a amarrar, como louca.

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