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Poesias-->DO CAOS, NADA! -- 25/10/2012 - 19:24 (Alexandre José de Barros Leal Saraiva) |
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No caos dessa teimosia que me insiste
parida por vários abandonos de mim mesmo,
acabei esquecendo o gosto,
o som, o doce, o medo e o desejo,
do desgosto.
Neste turbilhão, durmo. Mal é o presságio de amanhã:
pesadelo? Acordo!
Melhor não acordar, não dormir...
... não respirar?????????
Esta dúvida foi de inopino, traiu a própria inspiração.
Sei bem a resposta, ao menos penso que sei. Portanto,
calo. Que o silêncio exuberante e belo do vazio,
fale por mim,
entre devaneios de final de tarde,
desafiando o ócio ocupado que me entristece
cedo,
tardiamente,
ao rabisco preto e branco da poesia.
Devo largar o abandono,
partir, rapidamente, antes que a noite caia
e enganar, mais um pouco,
a mim e a tantos outros,
que sequer imaginam o que e quem são!
No instante caótico do agora, não sou presente, não sou passado,
Nada sou!
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