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Poesias-->Chamada descuidada -- 28/10/2012 - 22:24 (Alexandre José de Barros Leal Saraiva) |
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Atravessou a rua “Descuidada”. É nome que se dê a uma rua,
às 12, na contramão de todos?
Correu sem muito zelo entre carros apressados
cansados e repletos de toques e chamadas telefônicas.
Uma buzina mais estridente interrompeu
Jô, declamando o “Menino de Sua Mãe”.
Prenuncio do que a espera?
O corpo deitado no chão
sem nenhuma utilidade que lhe sobre
a não ser satisfazer a curiosidade alheia,
aumentar uma fração ridícula dos índices oficiais,
e apimentar o almoço dos que assistem o terror
televisivo da moda...
Antes tivesse ficado sem bateria –
não o automóvel, porque outro lhe faria a vez,
mas o telefone que tudo substitui...
a vida da menina que morreu
descuidada, na rua descuidada, por um descuido,
foi apenas mais uma chamada que não completou.
Alô?.... Alô...? Alô?!......................
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