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 | Poesias-->Xexelento xibiu! -- 08/06/2001 - 10:02 (Elpídio de Toledo) |  |  |  |  |  |
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 O tempo, hoje, é quente, quase deixa
 
 Patrício pasmado, párvulo, pateta.
 
 Não sou qüera  para qualquer queixa,
 
 Faço do fato fonte de fingir poeta.
 
 
 
 Sábia é a que sabe  usar o sabão contra o fedor,
 
 Chacoalhando o xexelento xibiu?
 
 Ou a xibimba que tapa tudo com xamata e xador,
 
 Nunca nadou e nenhum sabão viu?
 
 
 
 Cecê sabe se cê-cê cessa? Porque fazer tim-tim  com taças de plástico, na hora do almoço, como faz a
 
 
 
 família do Tim, inda mais agora nestes tempos, tão bons que não incentivam ninguém a gastar nem
 
 
 
 sabonete, em que os aerossóis estão mais que condenados...Oh, meu São Pedro, que alguém da Saúde
 
 
 
 Pública visite aquela santa casa e ensine umas lições de pedotrofia para aquele irmão mais velho,
 
 
 
 a fim de aplicá-las aos demais órfãos.
 
 
 
 Jogam futebol por toda a manhã, ficam treinando passes altos sobre a área adversária e, quando
 
 
 
 chegam em casa, o Tim ainda dá os parabéns a todos por fazerem economia... Ninguém entra de
 
 
 
 peixinho... Família órfã é assim mesmo.
 
 
 
 Quando se fala no assunto, todo mundo quer ser o mais recente. É uma choradeira, parece até uma
 
 
 
 colmeia órfã. Eu, toda a vida ouvir falar, que cê-cê não se sessa, só cessa se bem seco o sovaco,
 
 
 
 depois de lavado, coisa rara num aleijado desassistido. Mas, na casa do Tim ninguém é aleijado. E
 
 
 
 não é que ele cortou até o chuveirinho? Ele alega para os meninos que a casa deles não é nenhuma
 
 
 
 grande área. Afinal, ele tem lote de uns 12 x 30 metros. Descontado o barracão, ele bem que podia,
 
 
 
 pelo menos, levantar um cano lá fora, e colocar um chuveiro de água fria para os moleques. Da minha
 
 
 
 parte, chega! Não aceito mais convite nenhum do Tim. Vá fazer tim-tim lá no raio que partiu o
 
 
 
 fusível...
 
 
 
 Eta Brasil que economiza, sô... E, quanto mais, menos. Só que meu pai deixava a gente tomar banho. E
 
 
 
 celebrava a vida conosco, no almoço de domingo, com vinho dissolvido no jarro de água com açúcar. E
 
 
 
 fazíamos tim-tim várias vezes. E, naqueles tempos, ainda não havia plástico na praça. E, mesmo que
 
 
 
 houvesse, o fã de Catão não o permitiria.
 
 
 
 Tim-tim!
 
 
 
 
 
 
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