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Poesias-->Corvo -- 10/11/2012 - 10:39 (maria da graça almeida) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Corvo

maria da graça almeida



Alheia, a ave, em voo a alongar-se,

perdeu-se do ninho, não soube voltar.

Na tarde serena, mirou suas asas

e das próprias penas montou nova casa.



Um pequeno ovo, no chão esquecido,

um ovo de corvo a ser aquecido...

Precioso tesouro em vala inda rasa,

tal prata ou ouro, guardou sob as asas.



A ave, em seu leito, com zelo o deitou

e, sem preconceito, com jeito o chocou.

Nascido o corvo, perfeito, ele sai,

assim feito o povo, levanta e cai.



Liberto do ovo, o novo estorvo,

bizarro transtorno, estranha o pai.

E, num vão repente, fitando-o de frente,

o corvo, inclemente, extingue-o e se vai...



Quem não tinha vida, da vida tem mais,

quem lhe deu a vida inerte, então, jaz.

Do que ora digo, não escapa ninguém:

nem todos os que ama, o amam também.



A ingratidão denigre o ser,

estreita os caminhos, sombreia o destino;

é força cruel, não paga para ver,

não poupa, nem mesmo, anseios franzinos.


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