POEMOLHO
Francisco Miguel de Moura*
O olho é pequena brecha.
Olho pra dentro e por fora.
Quem é ela, quem seu olho?
Não sei, e isto me molesta.
Olho de cá, ela de lá m’olha
Sem que veja, raios partem.
E eu juro que o poema é dela.
Pra ficar no bom do molho.
Cadê a menina... Aquela
Que está por dentro e não vejo?
Cadê o menino? O teu olho
Beijos merece - azuleja.
O dia todo, este arrolo,
Á noite sem ver estrelas...
E assim nasce o poemolho,
Perdido no olho que vejo.
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*FRANCISCO MIGUEL DE MOURA, POETA BRASILEIRO, MORA EM TERESINA E TEM CERCA DE 30 LIVROS PUBLICADOS. DOIS DELES SE ENCONTRAM NESTE SITE: 'AREIAS' E 'LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO EM O.G. REGO DE CARVALHO& 39;
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