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| Poesias-->Carcaça de verbo e vida -- 30/12/2012 - 15:45 (Manoel de Oliveira Santos) |
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Era só um rascunho de gente
A poeira dos pés doentes
Na terra que o enterra
Na caspa morta à serpente
Carente de um colo doente
Que pudesse vim de repente
Salvar o resto que ainda resta
Tirando de baixo da pedra
A dor dos braços cruzados
Tirando do lado da reza
A dor dos dedos sem tato
Tirando de cima da merda
A dor dos direitos roubados
O pão que alguém carrega
Da dignidade que foi morta
Ao encontrar vida e troféu
Na mão levantada do poema
Carcaça de revolta sem lema
Resto de nada abaixo do céu
Figura prostituta do sistema
Criado por: Manoel de Oliveira Santos
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