A Minha Vida é Silêncio
A minha vida é silêncio a chamar pela
Brisa do mar.
Ela não vem, faz-se ao longe porque
Sabe que o silêncio não a deixaria entrar.
Um silêncio apetecido manda trancar
as portas do olvido
E as janelas que dão para a noite mais sombria.
Trancar bem aquele portão por onde entra a ilusão.
Nem apego nem saudade.
Nem alma viva por perto.
Deixem a poeta sonhar.
A sua alma é um deserto.
O coração ainda bate conforme o sino toca.
Avisa o mundo lá fora.
A poeta já não vive.
Está morta.
Lita Moniz
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