OLHANDO AS SOMBRAS
Francisco Miguel de Moura*
As sombras não me assombram
Nem dão sol nem sombra,
O que me assusta.
E eu me pergunto:
"Para onde vão as sombras?
Aquelas dos que têm alma
E coração ardente"?
Talvez virem estátuas de sal
Ou, leves, voem como pombas.
As sombras me intrigam,
Mesmo que eu saiba da luz
Que as abrigam.
Seremos, no infinito,
As sombras do que fomos?
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*Francisco Miguel de Moura, poeta do mundo, porque poeta não tem endereço, poetas têm sonhos e poemas.
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