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Poesias-->MUNDO DIGITAL -- 14/05/2013 - 18:21 (PAULO FONTENELLE DE ARAUJO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Hoje posso saber,

quando nasci

fui o bebê  3.185.509.432.

Não conheci  o 3.185.509.433.

Se foi menino ou menina?

Não sei.

Se sofreu alguma doença fatal

ou cresceu

e adquiriu uma riqueza cujo valor,

(três bilhões, cento e oitenta milhões de dólares)

esteve  próximo ao  registro virtual do seu parto? 

Nem desconfio.

Nada verifico a respeito,

além do numeral que esteve ali,

a uma unidade de mim.



Eu me casei com a 3.583.946.764

-vivia a muitos milhões de seres de distância-

e talvez a lonjura,

explique  nossas diferenças.

Não estamos conectados pela mesma dezena, centena,

muito menos pelo primeiro milharal de pessoas,

no entanto, sonhamos  grandezas

e geramos a 5.723.911.756

e o 6.694.101.669.



Mas não cruzei ainda com o 3.185.509.431

( o final 434 nunca me procurou),

se os visse ainda crianças

poderíamos falar de formigas e abelhas;

lembrar antigas peças de teatro,

como aquela  que explicava 

os  efeitos dos raios gama

sobre margaridas no campo 

e afirmar:

“Somos todos pequenas flores

no meio de dígitos e pétalas!”



Mas não sei quem é o final  433.

Ele que me chegou pelo mesmo cordão umbilical.

Fomos  as mesmas  aparições,

obras da mesma massa  

- incluídas  na ordem  dos concebidos naquele átimo -

e  nada me foi revelado da sua fortuna ou da sua desgraça.



Sou o 3.185.509.432,

antes de mim veio o 3.185.509.431,

contudo, quem garante o arranjo.

Posso supor que mudaram a sequência dos nascidos,

que a numeração do caos

também  se insere  no  caos

e que a anti-matemática é permeável:



“Uma criança nasceu agora

 em uma província do Vietnã,

a mesma criança nasceu em outro lado do mundo,

no  chifre da África,

final zero”.



Do meu livro: "O ÚLTIMO FOGUETE


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