Hino à saudade
As paixões se estiolam com o tempo
No ancoradouro triste da saudade
Fincando de mágoas nesse entretempo
O doido coração que amou de verdade
Preso nas chamas da combustão, amor !
Naturalmente sem a presença de quem ama
Crepúsculo decrescente, mágica flor
Que com o vento forte, aumentou a chama
De todas as desventuras, esta é a maior
Cravando nos flancos esporas de terror
Sangra o coração esvaído pela dor
Opressa a alma exangue, clama o amor
Mas este, já longe não houve o clamor
Deixando na saudade... a imensa dor !
Porangaba, 16/06/2013
Armando A. C. Garcia
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