Meu silêncio é minha mais autêntica loucura e mais bruta sanidade.
Desse néctar posso doar meus sufocantes abraços, meus olhos quentes, minha pele salinizada, alma selvagem, meus beijos assexuados, calor violento, meu riso assustador e útil, meu prazer desconcertante, silêncio urgente!
Todas as respostas ao que possuo são inquietos silêncios vácuos.; mesmo que outrens tantos pareçam se aproximar e se atrair ao deslumbre cáustico da minha crua realidade...
É rara a possibilidade de penetrar nessa essência que brota. Não sou minhas aparências. Nem remotos atrativos externos.
A transparência que sou é meu silêncio de ânima. Há alguém que entenda?
Que aceite, entre, silencie e se deleite...
Que eu jamais me contenha! E que ao menos eu mesma seja "esse" alguém.; sem enfeites.