LEGENDAS |
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Poesias-->e não rompia o dia -- 26/12/2013 - 22:32 (maria da graça ferraz) |
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Sentia frio. FRIO. Muito frio!
Tudo que achara, no meio do lixo,
junto aos vermes, a xepa,
fora o falso ouro- estranho brilho
do pano colorido de cetim
que agasalhava seu corpo
como um pobre arlequim
E quando passava,
figura triste,
não havia quem não risse dele
neste país infeliz
" O rei nu está em Brasilia"-
ele respondia,
sorriso banguela,
enrolado na bandeira
com as cores
verde- azul-amarela
Preso às costas,
como um tiro à queima roupa,
TRAIÇOEIRO E DESONESTO :
os dizeres- ORDEM PROGRESSO
O vulto demente solitário
sangrava os pés
e seguia o destino ordinário ,
passos a esmo,
de quem possui futuro nenhum
ou futuro eterno,
o que dá no mesmo
E a madrugada TRANSBORDAVA
se perdia
e NÃO ROMPIA O DIA!
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