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Poesias-->cão falante -- 26/12/2013 - 22:52 (maria da graça ferraz) |
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Passa ano. Entra ano.
O mesmo fardo. O mesmo ciclo.
O mesmo teatro humano
que se repete infinito :
- Um rei cruel e estúpido
-Uma corte de canalhas
movidos pela astúcia
-Uma rainha frívola e fútil
distraindo os pobres
com circos e brioches
-Um jornalista covarde
que sobrevive de calúnias
-Plebeus ambiciosos
sem escrúpulos
-Cortesãs bonitas vaidosas
cheias de volúpia
- Um padre sem fé
com muitas dúvidas
- Um general
de chapéu de lata
e espada de pau
-Um juiz ladrão
que rasga as leis
para proteger o rei
- Um traidor
que anda esquivo
e não se sabe
se ele é o herói
ou o bandido
-Um reino
imerso na lama
que afunda lentamente
na infâmia
Um povo tolo omisso tagarela
e
um poeta
triste cabisbaixo
que anda
entre todos
como um cão falante
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