Não sei se és mesmo divina
Se provéns do maior dos êxitos telúricos
Ou se saíste dalgum sonho meu
Mas é que quando eu te penso toda
De olhos e olhares, de pele, e de boca
Me desvaneio na dança dos teus olhos
Me perco totalmente, simplesmente contemplando-te
Anestesiado pela mais digna droga
Agradeço aos sonhos, à terra, ao mundo
Terem me poupado do imenso infortúnio
De não ter um dia te conhecido
E se ainda encontro-me no fatal dilema
Pego a caneta, escrevo-te um poema
Ansiado pelo que por mim ainda não foi vivido
Ao teu lado...
E se me achares um louco vindo da lua
Tu terás de admitir, a culpa é tua
Por ter fugido dos meus sonhos
05-2001 |