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Poesias-->PAISAGEM MADURA -- 13/05/2001 - 09:06 (Maurício Apolinário) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
(A meu pai)



As goivas desenham

na sola da vida um poema,

e os sulcos cravados na memória

se alastram feito galhos secos

no outono da profissão.

A mesa posta: o couro, o cutelo,

as correias, aços curvos, sombrios,

e o silêncio do martelo

de madeira, gasto pelo ofício

de martelagoivar.



Na aresta do tempo

gravou-se a imagem e o suor

do seleiro, poeta e seresteiro,

alfaiate dos animais.

Imagem simples, sertaneja,

solidária da peonada,

hoje vestida de solidão.



Os pensamentos, fios contorcidos,

perdidos na cera da lembrança,

apertam o coração na tala do peito

e pairam diante da sovela fina

da saudade, trespassando

com um par de agulhas dos olhos

a sola macia do infinito.





Maurício Apolinário





















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