"Tem um abecedário me sufocando, moço. Têm dezenas de letras se misturando sem sucesso e entalando a minha garganta, formando um grande nó. De A-Z meu peito dói. O que eu faço, moço? As palavras se esvaíram, mas os sentimentos não. As ideias fugiram, mas a tristeza não. Meu corpo ainda dói por causa da vida e minha cervical reclama pelo peso que está sobre ela. Das prosas e poesias que me libertavam, hoje só restaram as lembranças. De novo eu te pergunto, o que eu faço, moço?”