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Poesias-->ONDAS -- 22/01/2015 - 18:46 (PAULO FONTENELLE DE ARAUJO) |
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Apanhei os teus olhos dentro de mim,
e isto já era a minha conquista,
mas quando tua boca se abriu,
a onda que senti foi quente e luminosa.
Onda sobre onda sobre nós
Reviramo-nos e não nos falamos,
e tanto se acumulou,
e tudo era novidade
na pele que raspava,
no beijo que voltava.
onda sobre onda sobre nós.
Caminhamos por uma praia.
Mal sabíamos:
o afeto era algo que surgia
entre outras blindagens :
crianças penetrando os veludos;
cachorros cheirando os portões;
imagens de nossas mãos juntas
na tinta da primeira aquarela.
Onda sobre onda, sobre nós.
Tantas ondas.
O mar que ainda atravessamos é um amor imenso.
do livro:"A criança, substantivo sobrecomum"
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