OLHAR ATRAVÉS DA JANELA
Saio, de repente, pela porta de casa,
Uma janela logo surge à minha frente.
Olho, mas não a vejo, especificamente...
Olho além, olho através dela, para a frente.
O que eu consigo ver à primeira vista?
Uma paisagem, mas não é o mais marcante.
Vejo o horizonte bem à minha frente,
Percebo que existe um caminho a seguir.
Não há um traço definido, uma via expressa,
A sensação de que as possibilidades aí estão
Deixam-me mais interessada em observar
O que me oferece o horizonte que diviso...
Uma certeza: o meu mundo é ilimitado,
Ele não se prende às linhas definidas da casa
Não se atrela, ainda, ao desenho da janela,
Nem à paisagem que vejo através da janela.
O que considero interessante é o imprevisto,
O que define os sonhos que posso realizar.
Eles são muitos, imaginados olhando além.
Em pouco, muito ou um tempo indefinido.
A janela é bem maior do que ela aparenta
Ela não é somente uma figura geométrica
Além das utilidades comuns, oferece asas
Para explorarmos o universo visto da janela.
Dalva da Trindade S. Oliveira
(Dalva Trindade)
15.03.2015
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