No tornozelo bem formado ele atava um trancelim.
Trouxe de viagem, coisas de um quase mercador.
Na verdade, distribui seu vasto conhecimento por todo o país, entretanto, volta, sempre volta ao seu lugar.
E tanto melhor, volta para os meus braços, para o meu amor.
Bem agora, toma meus pés, que são tão comuns,
sem serem raros, tampouco belos,
mas certamente, sempre estão dispostos a ir ao seu encontro.
Diz com a voz suave,
que esse mimo, é símbolo de um elo,
da lembrança material do amor e do desejo que nos une.
Causa tanta alegria, que chego a chorar, tomada pela emoção.
Sinto-me plena, cônscia desse sentimento, desse amor que vem de longe.
Certamente de um tempo que ainda não imaginávamos existir.
E assim, num ritual de amor,
beija-me docemente, até se dar conta que só precisa me amar,
e assim fazemos, e nos amamos, desde os pés,
decorado com o lindo trancelim de ouro,
até tocar docemente, escorregando as mão pelos meus cabelos.
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