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Poesias-->O Marinheiro ! -- 17/07/2015 - 19:26 (Armando A. C. Garcia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:143769012353689600

O Marinheiro !


 


 


Sentado ao soalheiro


No umbral de sua porta,


Estava um velho marinheiro


Pensando na amada morta


 


Foi revivendo o passado


As aflições no mar bravio


Quando caiu da amurada


Não morreu... foi por um fio.


 


Agora em terra firme


Vive triste amofinado


Mais inseguro e infirme,


Do que no mar agitado


 


São verdadeiros artistas


São excelentes figuras


São do mar especialistas


Que navegam sem agruras


 


Navegar foi sua vida, 


O mar é sua paixão


Um porto, onde a partida


Alegra seu coração


 


Nas peripécias do mar


Ele, o velho marinheiro,


É qual raposa a caçar


À noite no galinheiro


 


Seu coração livre e solto


É como as ondas do mar


Mesmo quando está revolto,


Sabe que vão serenar


 


Singra os mares de lés a lés


Enfrentando a procela,


No mais elevado convés,


- Mesmo se o mar se encapela


 


E nessa hora de procela 


Que faz as ondas vibrar,


Promete acender uma vela,


Quando em terra ele pisar


 


Enfrenta ondas perigosas


Do imenso mar d’água salgada


Rotas incertas, duvidosas


Até à próxima arribada !


 


Pensava o velho marinheiro


Longa e paulatinamente,


Nos mistérios do cruzeiro


E em seu amor, certamente !


 


São Paulo, 13/07/2015 (data da criação)


Armando A. C. Garcia


 


 


 


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