Queimei os sonhos,
Queimei os sonhos sonhados
Na minha vida de sonhos
E sem desejo de encontrá-los,
Eu; nem pensei procurá-los
Sonhos de amor, de saudade
Dos tempos da frivolidade
Sonhos d’esperança, perdidos
Num disfarce consentidos,
Sonhos de vida perdida,
Foi uma vida, sem vida
Inverno sem primavera.
Rocambolesca quimera,
As penas, do meu penar
Tu, m’as fizeste aceitar,
As mesmas que escolhestes
No fora, que tu me deste
Teria sido tão diferente,
Não fosse maldita serpente,
Que de ti, me separou,
E para longe me levou
Mágoas, só geram tristeza
E esta, nos deixa a certeza
Que nossa alma está morta
Quando o amor nos fech’a porta
Desamor, pranto profundo
Em qualquer parte do mundo
Sonhos cruéis que no fundo
Fruto de amor infecundo
Inverno sem primavera,
Sonho de falsa quimera
Sem praia e sem flores
Sem ternura e sem amores
Do corpo, o sonho desliga
A falsidade, e a fadiga
E faz a gente pensar,
Em ardentes febres amar
Ó ilusão que não cansa,
Do sonho, fazer mudança
Ao gosto da opinião
Que nutre nossa paixão.
Por defeito a natureza,
Sujeita nossa fraqueza
A variedade do sonho
Nunca real, eu suponho !
Porangaba, 15/08/2015(data da criação)
Armando A. C. Garcia
Visite meu blog:
http://brisadapoesia.blogspot.com
|