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Poesias-->RESÍDUOS SÓLIDOS -- 16/09/2015 - 00:18 (PAULO FONTENELLE DE ARAUJO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quando José tinha sete anos, 
tinha medo de ser lixeiro quando crescesse;
lixeiros não eram astronautas,
(embora caminhassem sobre entulhos);
lixeiros apareciam demais,
e seus uniformes borravam tudo;
lixeiros carregavam um mau cheiro
que significava
uma compactação do  lixo
à disposição de todos,  
de José que via lixeiros semanalmente,
e trazia o bagaço de uma timidez,  
que  poderia envolve-lo em algum aterro.

José  infelizmente cresceu,
seu medo foi inútil,
ele se tornou um gari,
embora com alvos diferentes;
coletou a  própria vida,
mal ensacada;
catou tudo que lhe foi parte
e esteve à frente como ruína
(seu casamento 
que se findou como um caco,
saudades não recicláveis 
e outras sujidades pertinentes).
Rejeitou tudo   
para responder no final:
“Eu pude me descartar completamente.
Ah, pelo menos limpo e varrido
- ainda que nulo e oculto -
no âmago”.

DO LIVRO:"A CRIANÇA, SUBSTANTIVO SOBRECOMUM"
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